Desde as navegações inciadas pelos espanhóis por volta do século XVI, a Espanha colonizou várias regiões da América. O sistema de colonização espanhola consistia na exploração dos recursos naturais e minerais das áreas exploradas. Os povos americanos como os incas, astecas e mais(principais civilizações da época) foram dominados, perderam suas terras e tiveram que obedecer a tudo aquilo que se relacionava a cultura espanhola sendo assim, tiveram que trabalhar de forma forçada para os colonizadores da Espanha.
A administração implantada pela Espanha nas colônias americanas era controlada pela metrópole e tinha por objetivo principal a obtenção de riquezas. As leis e suas aplicações eram definidas pela coroa espanhola e, portanto, serviam aos seus interesses políticos e econômicos.
No campo econômico o controle da metrópole sobre as colônias americanas ratava-se de algo extremamente rígido. Os colonos só podiam comprar e vender produtos da Espanha. Esta espécie de pacto colonial era altamente desfavorável aos colonos americanos, pois acabam sempre vendendo a preços baixos e comprando a preços altos, gerando grandes lucros aos espanhóis.
A administração implantada pela Espanha nas colônias americanas era controlada pela metrópole e tinha por objetivo principal a obtenção de riquezas. As leis e suas aplicações eram definidas pela coroa espanhola e, portanto, serviam aos seus interesses políticos e econômicos.
No campo econômico o controle da metrópole sobre as colônias americanas ratava-se de algo extremamente rígido. Os colonos só podiam comprar e vender produtos da Espanha. Esta espécie de pacto colonial era altamente desfavorável aos colonos americanos, pois acabam sempre vendendo a preços baixos e comprando a preços altos, gerando grandes lucros aos espanhóis.
Diante das várias formas exploração e injustiças adotas pela Espanha na América, a partir do século XVIII começa a brotar um movimento de resistência nas colônias, liderado pelos criollos. Estes eram filhos de espanhóis nascidos na América. Além dos laços culturais que tinham com o continente americano, viam na independência uma forma de obtenção de poder político. Muitos destes criollos eram comerciantes e, através da independência poderiam obter liberdade para seus negócios, aumentando assim seus lucros. Muitos criollos estudaram na Europa, onde tomaram contato com os ideais de liberdade propagados pelos iluministas.
Sem dúvida, a elite letrada da América Espanhola inspirou-se no conjunto de ideias iluministas. A grande maioria desses intelectuais sendo de origem criolla, ou seja, filhos de espanhóis nascidos na América desprovidos de amplos direitos políticos nas grandes instituições do mundo colonial espanhol tinham grandes metas em relação ao domínio espanhol sobre a América. Por estarem politicamente excluídos, enxergavam no iluminismo uma resposta aos entraves legitimados pelo domínio espanhol, ali representado pelos chapetones.
Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação de miséria já tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas. Dois claros exemplos dessa insatisfação puderam ser observados durante a Rebelião Tupac Amaru (1780/Peru) e o Movimento Comunero (1781/Nova Granada).
Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação de miséria já tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas. Dois claros exemplos dessa insatisfação puderam ser observados durante a Rebelião Tupac Amaru (1780/Peru) e o Movimento Comunero (1781/Nova Granada).
No século XVIII, várias revoltas emancipacionistas ocorreram em diversas colônias americanas, lideradas em sua maioria pelos mesmos criollos. Porém, todas elas foram reprimidas com força e violência pela Espanha.
O processo de independência e suas principais características:
O processo de independência ganhou força no começo do século XIX, aproveitando a fragilidade política em que se encontrava a Espanha, após a invasão das tropas napoleônicas. As lutas pela independência ocorreram entre os anos de 1810 e 1833.
Vale ressaltar também que o grau de insatisfação e revolta da população americana com o domínio espanhol havia atingido o ponto máximo no começo do século XIX. Foi nesta época também que os criollos conseguiram organizar movimentos emancipacionistas em todos os vice-reinos.
Ao contrário do que aconteceu no Brasil, o processo de independência das colônias espanholas foi violento, pois houve resistência militar por parte da Espanha. As guerras de independência geraram milhares de mortes de ambos os lados.
Os movimentos de independência, embora liderados pelos criollos, contou com a participação de negros, mestiços, brancos das camadas mais pobres e até mesmo de indígenas.
As colônias estavam divididas administrativamente em quatro vice-reinos (Nova Granada, Nova Espanha, Rio da Prata e Peru) e quatro capitanias-gerais (Chile, Venezuela, Guatemala e Cuba). Após o processo de independência, estes vice-reinos foram divididos e tornaram-se países. O vice-reino do Rio da Prata, por exemplo, transformou-se, após ser dividido, nos atuais: Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai.
A seguir tem-se o exato ano das independências dos países pertencentes à América Espanhola:
- México: 1821
- Peru: 1821
- Argentina: 1816
- Paraguai: 1813
- Uruguai: 1815
- Venezuela: 1811
- Bolívia: 1825
- Colômbia: 1811
- Equador: 1811
- Chile: 1818
Principais líderes
Os principais líderes das lutas pela independência nos países da América Espanhola foram Simón Bolivar e San Martín.
- Simón Bolivar: militar e politico venezuelano, foi de fundamental importância nos processos de independência da Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Panamá e Peru. Ganhou em 1813, na Venezuela, o título honorífico de Libertador.
- José de San Martín: general argentino, foi decisivo nos processos de independência da Argentina, Chile e Peru.
Conclusão:
Em 1826, Bolivar convocou os representantes dos países recém-independentes para participarem da Conferência do Panamá, cujo objetivo era a criação de uma confederação pan-americana. O sonho boliviano de unidade política chocou-se, entretanto, com os interesses das oligarquias locais e com a oposição da Inglaterra e dos Estados Unidos, a quem não interessavam países unidos e fortes.
Após o fracasso da Conferência do Panamá, a América Latina fragmentou-se politicamente em quase duas dezenas de pequenos Estados soberanos, governados pelas aristocracia criolla. Outros fatores que interferiram nessa grande divisão política foram o isolamento geográfico das diversas regiões, a compartimentação populacional, a divisão administrativa colonial e a ausência de integração econômica do continente. O pan-americanismo foi vencido pela política do “divida e domine”.
Assim, entre as principais consequências do processo de emancipação da América espanhola merecem destaque: a conquista da independência política, a conseqüente divisão política e a persistência da dependência econômica dos novos Estados. O processo de independência propiciou sobretudo a emancipação política, ou seja, uma separação da metrópole através da quebra do pacto colonial. Assim, a divisão política e a manutenção das estruturas coloniais contribuíram para perpetuar a secular dependência econômica latino-americana, agora não mais em relação à Espanha, mas em relação ao capitalismo industrial inglês. As jovens repúblicas latino-americanas, divididas e enfraquecidas, assumiram novamente o duplo papel de fontes fornecedoras de matérias-primas essenciais agora à expansão do industrialismo e de mercados consumidores para as manufaturas produzidas pelo capitalismo inglês.
Então, chegamos a conclusão que o final do processo de independência, não significou relativamente a radical transformação socioeconômica vivida pelas populações latino americanas. A dependência econômica em relação às potências capitalistas e a manutenção dos privilégios das elites locais fizeram com que muitos dos problemas da antiga América Espanhola permanecessem presentes ao longo da história latino americana.
Guerra entre as tropas de Bolívar e os espanhóis |
Proclamação da Independência do Peru, liderada por San Martín |